sexta-feira, 8 de abril de 2011

Onda de paranoia no Wikileaks

Hoje, 8 de abril de 2011, acabou de ser divulgado em um site de notícias brasileiro que o site WikiLeaks revelou correspondências diplomáticas assinadas por Clifford Sobel, datadas de janeiro de 2009, dizendo que o embaixador dos EUA diz que Brasil é paranoico com a Amazônia. Tudo bem, não vamos discutir sobre isso.

Recentemente também foi divulgado em sites de notícias que o ex-porta-voz do site WikiLeaks Daniel Domscheit-Berg disse que o fundador do site, o australiano Julian Assange, é um homem "paranoico", que se acha um "James Bond" e que foge continuamente do perigo. O alemão foi o braço direito de Assange no portal, que alcançou fama mundial com o vazamento de informações sobre governos, empresas e organizações.

Coincidência ou não, os mesmos veículos ainda divulgaram que o contato no Uruguai do fundador do Wikileaks Martín Aguirre, que é o diretor responsável pelo jornal El País, afirmou na última quarta-feira que as pessoas que trabalham na misteriosa organização "são muito boas no que fazem e muito paranoicas".

Em dezembro do ano passado, documentos vazados pelo Wikileaks divulgaram que um diplomata americano revelou que o Reino Unido ficou "paranoico" sobre a chamada relação "especial" com os Estados Unidos após a eleição de Barack Obama como presidente. Essas informações foram acessadas e divulgadas pelo jornal britânico The Guardian. Em uma das filtragens, um diplomata dos EUA destacou o que ele descreve como "a paranoia" britânica sobre as relações com seu país.

Na mesma época, outro documento vazado no Wikileaks divulgou que o embaixador dos EUA no Afeganistão chamou o presidente do país, Hamid Karzai, de "paranóico" e "fraco", em comunicado a Washington. No documento, Karl Eikenberry diz que Karzai é "incapaz de compreender os princípios mais rudimentares da formação de um Estado". Os documentos mostram ainda uma profunda preocupação dos EUA com a corrupção no governo do Afeganistão.Quanta paranoia!

Martín Aguierre, do jornal uruguaio El País, descreveu em uma conferência sobre a publicação dos documentos do Departamento de Estado dos EUA relativos ao Uruguai, como foi seu encontro com Julián Assange e a organização em Londres para receber os documentos que foram publicados no jornal essa semana. "O Wikileaks não tem nada a ver com jornalismo. São técnicos informáticos, muito bons no que fazem e que se parecem mais com os clássicos nerds", apontou o Aguierre em relação às pessoas da organização com as quais manteve contato. Segundo Aguierre, o que parece claro é que nem Assange nem o Wikileaks fazem isto por dinheiro, que poderiam ganhar "de qualquer outra maneira", mas que existe "um tipo de narcisismo" em todas as suas ações.

Ora, então a tão citada paranoia deve vir desse narcisismo! Já que o famoso Wikileaks “não tem nada a ver com jornalismo”, de que valeria tanta paranoia senão fosse pelo sucesso? Temos que ficar atentos a esse vírus paranoico! De acordo com as diversas notícias publicadas na internet recentemente, podemos perceber que o tsunami de paranoia “wikileaksticas” vai alcançar o mundo todo.

Por Luiza Senna

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